Planejamento e alternativas garantem economia aos condomínios
Síndicos conseguem enxugar custos, evitar reajustes e investir em obras. Economia com luz, água e
funcionários são as principais mudanças.
Em tempos de crise, quem mora em apartamento tem uma preocupação a mais: a conta do condomínio.
Neste cenário, alguns síndicos de prédios se planejaram e conseguiram enxugar custos, evitar
reajustes da taxa e ainda investir em obras.
Para o dinheiro do condomínio render, a portaria de um prédio na zona oeste do Rio é virtual. A portaria
tem um sistema de câmeras conectado a uma central. O morador é identificado pela impressão digital ou
por um cartão personalizado.
E se chegar encomenda ou se uma pessoa estiver carregada de sacolas? Essa era uma das preocupações
dos moradores com a mudança. Um zelador passou a trabalhar durante o dia para ajudar no que for preciso.
Os quatro porteiros foram mandados embora. O síndico Jucemar Castro diz que a mudança rendeu cerca
de 12 mil reais de economia.
O síndico também trocou a iluminação. Agora as lâmpadas são de led, mais econômicas, e a conta de luz
ficou R$ 500 mais barata todo mês. Com mais dinheiro em caixa, o prédio ganhou um salão de festas
equipado, brinquedos e também uma academia.
Independentemente da crise, é sempre bom pensar no amanhã e planejar as contas e investimentos com
antecedência. É o que um condomínio vem fazendo há sete anos. A administração investiu cerca de
R$ 70 mil em medidas de economia e em três anos, começou a ter o retorno.
Nas áreas comuns do prédio, a iluminação é mais econômica e há sensores de presença: as lâmpadas só
acendem quando alguém chega perto. Uma economia de 10% na conta, no fim do mês.
Também teve investimento para evitar o desperdício de água e baixar os custos. Em todos os apartamentos
, foram instalados redutores de vazão da água, tanto nas bicas quanto nos chuveiros.
Todos os vasos sanitários foram substituídos. Eles têm uma caixa acoplada e a válvula da descarga tem um sistema de acionamento duplo: um gasta menos água do que o outro.
A água é reutilizada no condomínio. O que sobra do uso da máquina de lavar serve para limpeza dos latões
de lixo. E da laje do prédio, a água da chuva é captada e tratada num reservatório especial. Assim,
conseguiram reduzir a conta de água pela metade.
“Eu acho que valeu a pena, mas tem que ter a colaboração de todos. Tem que
ter muito estudo, investimento, porque sem isso você não consegue ter o
resultado”, avalia Saul Cusnir, síndico.
Fonte: http://g1.globo.com/