Pela primeira vez em muitos anos houve crescimento do número de síndicos que se elegem para exercer o primeiro mandato no cargo na cidade de São Paulo.
É o que aponta levantamento da Lello, maior administradora do setor no Estado, com base em 1,9 mil empreendimentos residenciais onde vivem cerca de 800 mil pessoas.
De janeiro a abril 35% dos condomínios elegeram síndicos novos, contra 30% em 2015, o que representa
aumento de 16,6% em relação aos 30% de 2015. Em 2016, 31% dos síndicos foram eleitos pela primeira
vez. A comparação com anos anteriores já é possível porque a grande maioria das assembleias que
elegem síndicos acontece nos quatro primeiros meses do ano.
O índice médio de reeleição de síndicos nos condomínios de São Paulo foi de 70% nos últimos 15 anos.
Antes disso, era de 90%, segundo a Lello. Neste ano, ficou em 65%.
A administradora elencou cinco erros principais que acontecem na primeira gestão de síndicos em São
Paulo:
1) Querer mostrar trabalho, mas sem planejamento, mudando tudo muito rápido em todas as frentes,
sem resultados práticos.
2) Centralizar as decisões sem ouvir o conselho ou os condôminos.
3) Fazer economia a qualquer custo, trocando fornecedores-chave para o condomínio como,
por exemplo, o fabricante de elevadores.
4) Não ter se preparado para a função, o que prejudica a gestão.
5) Não ouvir a experiência do antecessor.
Segundo Angélica Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios, é fundamental
que os candidatos a síndico pela primeira vez estudem e se preparem para exercer o cargo.
“Hoje existem cursos, livros e portais específicos que podem ajudar a
conhecer mais sobre a função”.
Ela afirma ser importante também que, ao serem eleitos, os novos síndicos procurem ouvir os moradores
e suas principais queixas sobre o prédio, anotando tudo e focando o planejamento da gestão nos
problemas mais importantes a serem atacados.
“Falar com o ex-síndico é essencial para que o novo ocupante do cargo possa
aprender com os erros e acertos do antecessor”, diz.
Angélica diz ainda que o novo síndico precisa fazer um planejamento claro e detalhado de trabalho, com
apoio da administradora. “Um erro grave é a economia burra, como a troca de fornecedores de maneira
intempestiva, sem uma análise aprofundada”, afirma. Outro equívoco, segundo a gerente da Lello, é
imaginar que será bem avaliado se mantiver o mesmo valor do condomínio em detrimento da sua
manutenção e conservação.
“O prédio e suas áreas comuns precisam estar em constante atualização visando
à valorização patrimonial, deixando, assim, os apartamentos com maior valor de
venda”, esclarece.
Por fim, Angélica Arbex pontua que, se o síndico novo não souber de algo ou não conhecer, ele não deve
“chutar”. “Pedir ajuda profissional especializada, nesses casos, é a melhor solução”.
FONTE: SÍNDICO NET